
Mais uma vez, os contratos milionários de coleta de lixo voltam a acender o alerta dos órgãos de controle e, desta vez, o caso vem de Ipanguaçu. O município firmou um contrato por dispensa de licitação que vai custar quase R$ 2 milhões em apenas seis meses, os dados do portal da transparência mostram o contrato no valor de R$ 1.636.060,44.
Com um custo médio mensal de R$ 272 mil, o acordo já levanta suspeitas de possíveis irregularidades e exageros nos valores. A pergunta que não quer calar: o que justifica uma despesa tão alta com lixo em uma cidade do porte de Ipanguaçu?
Câmara de vereadores e o Ministério Público precisam tomar ciência e investigar os termos do contrato e os motivos da dispensa de licitação. Há quem veja nesse gasto mais uma amostra da velha prática de transformar o lixo em uma mina de ouro para empresas e aliados políticos.
O contrato, além de pesado para os cofres públicos, já causa mal-estar entre os vereadores e pode virar dor de cabeça para a gestão municipal. Em tempos de orçamento apertado, gastar quase R$ 2 milhões com lixo em meio ano soa, no mínimo, como um exagero — para não dizer outra coisa.
Se os números não mentem, é bom que a prefeitura se prepare para explicar direitinho como esse contrato foi fechado. Afinal, em Ipanguaçu, o lixo está longe de ser só uma questão de limpeza: é também um problema político.

Fonte: Portal da transparência