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PF prende militares destacados para o G20 no Rio por suposto plano para matar Lula em 2022

A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (19), quatro militares destacados na cúpula do G20 no Rio de Janeiro por um suposto plano para matar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, informou à AFP uma fonte da PF.

Os suspeitos de planejar um “golpe de Estado” para impedir a tomada de posse de Lula e de prever o seu “homicídio” foram detidos no Rio, onde participavam na missão de segurança para a reunião dos líderes do G20, detalhou a fonte, que também relatou a prisão de um policial.

O suposto plano, que os suspeitos chamaram de “Punhal Verde e Amarelo”, seria executado em 15 de dezembro de 2022 e previa também matar o então vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, segundo um comunicado da Polícia Federal. 

Além disso, planejaram o assassinato de um ministro do Supremo Tribunal Federal, acrescenta a nota. 

Os militares envolvidos tinham treinamento em Forças Especiais e planejavam utilizar “técnicas operacionais militares avançadas”, além de instituir um “gabinete de crise” que eles próprios integrariam. 

Os suspeitos poderão enfrentar acusações de abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, segundo a nota. 

Em outubro de 2022, Lula venceu as eleições sobre o então presidente Jair Bolsonaro. A polícia também realiza outras investigações sobre supostos planos para impedir a posse de Lula. 

Um deles envolve diretamente Bolsonaro, enquanto outro investiga os atos de 8 de janeiro de 2023, quando milhares de apoiadores de Bolsonaro atacaram as sedes dos Três Poderes em Brasília e causaram graves danos.

– Ataque fracassado em Brasília –

A operação ocorre quase uma semana após um ataque fracassado contra o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. 

Um homem morreu em frente ao prédio após lançar explosivos caseiros que não deixaram outras vítimas. 

O STF está localizado na Praça dos Três Poderes da capital do país, onde também ficam o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. 

A PF investiga possíveis “conexões” do agressor com os atos de 8 de janeiro de 2023. O homem estava em Brasília naquela data e PF investiga se ele participou do ataque. 

O ministro do STF Alexandre de Moraes é considerado por Bolsonaro seu inimigo político e inclusive foi chamado de “ditador” pelo ex-presidente.

Segundo a imprensa brasileira, Moraes seria o ministro que os militares, agora detidos, supostamente queriam assassinar, além de Lula e Alckmin.

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