
Desde que assumiu a Prefeitura de Alto do Rodrigues, a prefeita Dra. Raquel tem utilizado suas redes sociais para afirmar que herdou uma administração devastada por dívidas e em estado de calamidade. No entanto, suas próprias ações na gestão municipal levantam questionamentos sobre coerência e responsabilidade fiscal.
Segundo dados do Portal da Transparência, a atual gestão ampliou significativamente o número de cargos comissionados e contratados, totalizando 204 e 287, respectivamente. Esse inchaço na máquina pública é expressivo, especialmente quando comparado a municípios maiores da região, que operam com um quadro funcional bem menor.
O impacto financeiro dessa expansão é evidente na folha de pagamento de janeiro, que alcançou R$ 1.191.897,26. Desse montante, R$ 436.797,39 foram destinados aos cargos comissionados e R$ 755.000,87 para contratados. Os altos valores gastos contrastam com o discurso inicial da prefeita, que sugeria uma gestão passada desorganizada e sem condições financeiras.
A prática de aumentar substancialmente o número de contratações em uma prefeitura que, supostamente, estava em situação crítica, levanta dúvidas sobre a coerência da atual administração. Se a intenção era sanear as finanças e reorganizar a cidade, por que adotar medidas que sobrecarregam os cofres públicos?
A população de Alto do Rodrigues tem acompanhado de perto essas decisões e questiona se, de fato, há um compromisso com a austeridade ou se a gestão apenas substituiu antigos problemas por novas contradições. O uso de “dois pesos e duas medidas” na administração municipal pode comprometer a credibilidade da prefeita e trazer impactos duradouros para a cidade.